Integrais que tem o mesmo valor ao longo de qualquer caminho que una dois pontos e
são integrais independentes do caminho.
Se a integral é independente do caminho então podemos denotá-la por
Analogamente vale para
e
e integrais em três dimensões.
Região Conexa: Dois pontos quaisquer da região podem ser ligados por uma curva (parcialmente) suave, inteiramente contidas na região.
Se é contínua numa região conexa aberta
então a integral curvilínea
é independente do caminho se, e somente se,
é conservativo. Isto é, existe uma função escalar
tal que
Suponha que exista tal que
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sejam ,
e
uma curva arbitrária ligando
e
então
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se admite a parametrização:
então
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Pela regra da cadeia
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|||
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|||
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|||
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Em outras palavras: se
é contínua em
conexa aberta, e
é uma curva parcialmente suave em
com extremidades
,
Se existe
tal que
então
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Reciprocamente, suponha que a integral seja independente do caminho, defina
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para todo
depende só de
e
escolha um círculo
com centro
e seja
um ponto interior ao círculo
Temos que
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|||
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como a primeira integral não depende de temos
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seja e
em
obtemos
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como é fixo, então
depende só de
Assim
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De modo análogo, temos que
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ou seja,
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A prova do teorema pode ser estendida a curvas parcialmente suaves subdividindo num número finito de curvas suaves.
A demonstração do teorema anterior nos dá um método para calcular integrais curvilíneas que não dependem do caminho. Descrevemos este método pelo seguinte teorema.
Seja
contínua numa região aberta conexa
e
uma curva parcialmente suave em
com extremidades
e
Se
então
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|||
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Se uma integral curvilínea é independente do caminho, então, pelo Teorema anterior com
vemos que
para toda curva fechada simples
Seja
(a) Mostre que
é independente do caminho.
(b) Calcule .
(a) Pelo Teorema anterior a integral curvilínea é independente do caminho se, e somente se, existe uma função diferenciável tal que
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isto é,
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ou
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integrando (parcialmente)
em relação a
obtemos
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onde depende só de
Diferenciando
em relação a
temos
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logo
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o que implica em
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segue que
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e é tal que
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(b) Como qualquer função potencial serve para calcular a integral, aplicamos o Teorema anterior com assim,
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|||
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Se é um campo de forças conservativo em duas dimensões então o trabalho realizado por
ao longo de qualquer caminho
de
a
é igual à diferença de potenciais entre
e
Seja
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Se a integral independe do caminho e se tomamos curva fechada e
então a diferença de potencial é zero, e assim
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Reciprocamente, se para toda curva fechada
simples,
então a integral é independente do caminho e o campo é conservativo.
Seja o campo gravitacional de uma partícula de massa
situada na origem de um sistema coordenado
Ache o trabalho realizado por
quando uma partícula de massa
se move de
a
A força gravitacional das duas partícula é dada por
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onde Temos que
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é o potencial de . Logo,
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Se a integral é independente do caminho, então, pelo teorema anterior, existe uma função
tal que
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Consequentemente e
Se
e
têm derivadas parciais primeiras contínuas, então
e
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A recíproca é falsa, a menos que se ponha restrições sobre o domínio de
Em particular, se
é uma região simplesmente conexa (não há buracos), então a condição
implica que a integral
é independente do caminho.
Se e
têm derivadas parciais primeiras contínuas numa região simplesmente conexa
então a integral curvilínea
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é independente do caminho em se, e somente se,
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Mostre que a integral curvilínea
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Sejam
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Determine se a integral é independente do caminho.
Sejam
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Seja
(a) Mostre que é independente do caminho, e ache uma função potencial
para
(b) Se é um campo de forças, ache o trabalho realizado por
ao longo de qualquer curva
de
a
(a) A integral será independente do caminho se existir uma função diferenciável tal que
Ou seja,
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Integrando em relação a
obtemos
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diferenciando em relação a
temos
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daí
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integrando em relação a
obtemos
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substituindo esse valor em temos
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diferenciando essa última função em relação a temos
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segue que
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o que implica
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segue que
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(b) aplicando o teorema anterior, temos
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|||
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Seja um campo vetorial de forças conservativo com função potencial
A energia potencial
de uma partícula no ponto
é
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A energia cinética é definida por
é a massa, e
é a velocidade.
Lei de Conservação da Energia:
Se uma partícula se move de um ponto a outro num campo vetorial de forças conservativo, então a soma das energias cinética e potencial permanece constante.
Seja um campo conservativo de forças, temos
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temos que
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o trabalho é:
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pela 2 lei de Newton
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e então
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|||
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segue que
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onde é a energia cinética. Vimos que
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Assim
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o que implica
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o que prova a conservação da energia.