Definição 4. Seja ,
,
e
denotam o incremento de
e
, respectivamente. O incremento
de
é:
Exemplo 23. Seja (a) se
e
são incrementos de
e
determine
. (b) Use
para calcular a variação de
quando
varia de
a
.
Solução: Seja
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
.
Teorema 6. Seja definida em
suponhamos que
e
existem em
e sejam contínuas em
. Se
e
então
onde
Definição 5. Seja As bluediferenciais A bluediferencial da variável dependente e sejam
e
incrementos de
e
, respectivamente.
e
das variáveis independentes
e
são
e
.
é
Exemplo 24. Se calcule
.
Solução:
![]() |
![]() |
.
Definição 6. Seja a função
é bluediferenciável em
se
puder ser escrita como:
onde
e
são funções de
e
e
Diz-se que uma função é bluediferenciável numa região
se
é diferenciável em todos os pontos de
.
Teorema 7. Seja e se
e
são contínuas numa região
então
diferenciável em
.
Prova: Consequência do teorema .
Teorema 8. Se uma função é diferenciável em
então ela é contínua nesse ponto.
Prova:
![]() |
![]() |
Fazendo e
obtemos
![]() |
segue que
![]() |
logo é contínua.
Corolário 1. Se é uma função de duas variáveis e se
e
são contínuas numa região retangular
então
é contínua em
.
Prova: Segue diretamente do teorema 8.
Exemplo 25. Seja
Então
,
existem;
não é contínua em
;
não é diferenciável em
.
De fato, temos que
![]() |
Analogamente, , portanto, essas derivadas parciais de
existem no ponto
mas, nota-se que elas não são contínuas na origem. Também vemos que
![]() |
o que implica que não é contínua na origem, logo
não pode ser diferenciável.
Seja uma função de três variáveis então seu incremento será
![]() |
e também teremos que
![]() |
onde .
Definição 7. Seja as diferenciais de
,
e
são:
e a diferencial de
é:
Exemplo 26. Suponha que as dimensões de uma caixa retangular varia de Obtenha uma aproximação da variação do volume. Ache a variação exata do volume. para
.
onde
Solução:(a)
![]() |
(b)
Suponhamos definida numa região
do espaço tridimensional e suponha que existam
,
e
em
e que sejam contínuas em
Se dermos a
,
,
incrementos
,
,
, respectivamente, então o incremento de
correspondente é:
![]() |
Podemos escrever este incremento na forma:
![]() |
onde
Definição 8. Seja As diferenciais A diferencial e sejam
,
e
incrementos de
,
e
, respectivamente.
,
e
de
,
e
são
da variável dependente
é
Pode-se usar como aproximação de
se os incrementos de
,
e
são pequenos.
Definição 9. Seja
aberto, e
. Dizemos que
é diferenciável em
se, e somente se, existirem reais
e
tais que
Observação 2. Podíamos também definir a diferenciabilidade de em
como:
onde
Teorema 9.
Se for diferenciável em
então
é contínua em
.
Prova: Sendo diferenciável em
, existem reais
e
tais que
![]() |
onde Como
e
resulta que
é contínua em
.
Teorema 10. Seja
aberto, e
. Se
for diferenciável nesse ponto, então
admitirá derivadas parciais nesse ponto.
Prova: Seja diferenciável no ponto
então existem
e
tais que
![]() |
(2.5) |
onde Segue de (2.5) que
![]() |
ou
![]() |
e, portanto,
![]() |
Analogamente,
![]() |
Teorema 11. Seja
aberto, e
. Tem-se que
é diferenciável em
se, e somente se,
admite derivadas parciais em
e
Observação 3. Devemos notar que as seguintes condições devem ser satisfeitas para a diferenciabilidade de uma função Se uma das derivadas parciais em Se Se :
não existem então
não é diferenciável.
e
existem em
mas o item 1 não é satisfeito então
não é diferenciável.
não é contínua então
não é diferenciável.
Exemplo 27. Mostre que a função é uma função diferenciável.
Solução: Temos que
![]() |
e
![]() |
Em temos que
![]() |
o mesmo vale para , logo
é diferenciável.
Exemplo 28. Considere a função: é diferenciável em
?
Solução|:
![]() |
![]() |
Como
![]() |
então,
![]() |
logo,
![]() |
assim,
![]() |
esse limite não existe, o que implica que o limite
![]() |
não existe. Portanto, não é diferenciável. Note que
é contínua, pois,
![]() |
Exemplo 29. A função
é diferenciável em
?
Solução: não é contínua em
, logo não é diferenciável.